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PT cobra punição a Bolsonaro e a militares envolvidos em atos

Partido escreveu resolução com a palavra de ordem "sem anistia"

Pleno.News - 16/02/2023 11h19 | atualizado em 16/02/2023 13h17

Jair Bolsonaro na Flórida, Estados Unidos Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou, nesta quinta-feira (16), resolução em que defende a responsabilização e punição de todos os envolvidos nas invasões do dia 8 de janeiro; inclusive, os militares e “especialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”, sob a palavra de ordem “sem anistia”.

O texto se refere ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como “golpe” e chama de “quadrilha” os antigos procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR), além de defender a revisão da autonomia do Banco Central, da taxa de juros e das metas de inflação.

O documento responsabiliza o governo Bolsonaro por provocar uma onda de “violência, ódio, intolerância e discriminação” na sociedade brasileira.

– Os quatro anos de Bolsonaro permitiram que o “ovo da serpente” fosse chocado – diz o texto.

E continua:

– Por isso, seguir na luta pela culpabilização e punição de todos os envolvidos, inclusive os militares – desde os terroristas de Brasília até os grandes financiadores – é fundamental para a luta intransigente em defesa da democracia.

O documento segue com exigências de punições a Bolsonaro.

– A palavra de ordem SEM ANISTIA deve ser um imperativo do partido para culpabilizar os responsáveis e exigir que Bolsonaro e seus cúmplices respondam pelos seus crimes.

Ao fim de reuniões do Diretório Nacional, a sigla costuma divulgar resoluções como uma espécie de “guia” para seus filiados e manifesto à sociedade, apresentando sua versão do cenário político, econômico e social. O documento divulgado nesta quinta é o primeiro depois da posse de Lula para o terceiro mandato.

OPERAÇÃO LAVA JATO
O texto passou pelo crivo da cúpula petista horas antes do ato pela comemoração dos 43 anos da sigla, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e recebeu emendas. A resolução afirma que os governos petistas, a sigla e suas lideranças foram alvos de “falsas denúncias” desde o início do governo Lula, em 2003.

– Um projeto articulado de fora, numa guerra “soft” envolvendo redes sociais, mídias empresariais variadas e a parte cooptada do judiciário brasileiro, cuja maior expressão foi o ex-juiz Sergio Moro e sua quadrilha de procuradores – afirma o texto.

Moro foi um dos juízes responsáveis pela Operação Lava Jato, conhecida como a maior investigação sobre corrupção já feita no Brasil, que tinha como objetivo apurar e desarticular um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro na Petrobras. Durante a investigação, Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP) e preso de abril de 2018 a novembro de 2019, sendo impedido de disputar as eleições de 2018.

*AE

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