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PSOL condiciona apoio a Lula a ‘revogaço’ e taxação de fortunas

Apesar das precondições, o apoio já é dado como praticamente certo

Pleno.News - 09/03/2022 13h41 | atualizado em 09/03/2022 15h01

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-candidato Guilherme Boulos Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

O PT tem um dia decisivo nesta quarta-feira (9), para a composição de alianças nacionais para as eleições. O partido se reúne hoje com o PSOL para debater o apoio da sigla à candidatura ao Palácio do Planalto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já os petistas devem apresentar uma resposta sobre a carta de condições elaborada pelo PSB, no começo de fevereiro, para consolidar uma federação entre os partidos.

Nesse contexto, enquanto os pessebistas buscam apoio em diversas disputas nos estados, a adesão do PSOL depende de Lula promover um “revogaço”; a exemplo do que já sinalizou sobre a reforma trabalhista de 2017 e aprovar a tributação sobre grandes fortunas.

Os pessebistas podem desistir do casamento de quatro anos, caso não ocorra um retorno favorável do PT, o que não inviabilizaria uma aliança e o apoio à candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. A sigla de Carlos Siqueira espera que os petistas cedam em apoios no Acre, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Isso, depois de já garantido o apoio no Rio de Janeiro e em Pernambuco. São Paulo, no entanto, é um assunto que deve ser tratado depois e, nesta fase, não será decisivo.

O foco do encontro com o PSOL não será a construção de palanques. De acordo com Guilherme Boulos, uma das lideranças da sigla mais próximas do petista, a base do acordo são 12 pontos programáticos que o PSOL considera fundamentais para a construção de uma “frente ampla” encabeçada por Lula.

Segundo Boulos, três pontos são prioritários para afinar a relação entre PSOL e PT nas eleições. O primeiro é a revogação do Teto de Gastos e da Reforma Trabalhista, medidas às quais o partido do ex-presidente já demonstrou simpatia. O segundo item é a realização de uma reforma que implemente um tributo para taxar os super-ricos. O terceiro é a adoção de uma agenda ambiental mais contundente, passando pela demarcação de terras indígenas e combate ao uso de fertilizantes químicos na agricultura.

Apesar das precondições programáticas, o apoio do PSOL a Lula já é dado como praticamente certo. Isso não significa que as siglas avancem o acordo para compor uma federação. Essa possibilidade é remota, assim como, em São Paulo, o partido rejeita apoiar Fernando Haddad e mantém a pré-candidatura de Boulos ao governo.

– A forma como o partido colocou o debate na mesa com o PT não foi propondo contrapartidas em palanques regionais, o que seria legítimo, mas apresentando pontos programáticos que considera fundamentais para a campanha de Lula – escreveu Boulos, em artigo publicado na imprensa e compartilhado por ele em sua rede social.

Na mesma publicação, o líder do MTST descreve Lula como “aquele que tem mais condições para liderar uma frente” contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em agosto do ano passado, o grupo de Boulos venceu a disputa no congresso do PSOL e desbancou a ala antipetista do partido, abrindo caminho para a aliança com o provável candidato do PT.

Ao lado de Juliano Medeiros, presidente da sigla, Boulos tornou-se o interlocutor do partido nas negociações diretas com o ex-presidente.

A aproximação com Geraldo Alckmin, provável vice do petista na chapa, é criticada pelo PSOL, que já decidiu não comparecer ao ato de filiação do ex-governador ao PSB, previsto para as próximas semanas. Apesar da contrariedade, o partido aceita a composição em nome de uma “frente ampla”.

*AE

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