Leia também:
X Bolsonaro: Apesar da pandemia, Brasil está dando certo

PSDB recorre ao Supremo para cair a Lei de Segurança Nacional

Para a legenda, a lei é "impregnada de espírito autoritário"

Pleno.News - 22/03/2021 13h08 | atualizado em 22/03/2021 13h39

PSDB pretende derrubar a Lei de Segurança Nacional (LSN) Foto: Reprodução

O PSDB entrou com ação neste domingo (21), no Supremo Tribunal Federal (STF), para derrubar a Lei de Segurança Nacional (LSN), editada durante a ditadura militar, no governo João Figueiredo. A legenda sustenta que a LSN atenta contra a liberdade de expressão, o Estado Democrático de Direito, o princípio da legalidade, o direito de reunião e a liberdade de associação.

Em nota, a legenda informou ainda que a bancada tucana no Congresso pedirá urgência na aprovação de nova legislação que substitua a LSN. Na ação ao Supremo, o partido chegou a pedir, caso a Corte não conceda cautelar para sustar a eficácia da lei, que seja determinado ao Congresso que edite Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, sob pena de suspensão da LSN.

No mérito, o partido pede que o Supremo declare a não-recepção da LSN pela Constituição Federal de 1988, a chamada Constituição Cidadã.

Para o PSDB, a lei de Segurança Nacional é um ato normativo “impregnado de espírito autoritário”.

– Um compromisso social genuíno, com a ordem constitucional democrática, portanto, não admite o “remendo” de medidas que podem ser utilizadas de forma autoritária, mas exige a verdadeira criação original de normas protetivas do Estado Democrático de Direito, cuja gênese seja ínsita ao regime democrático – sustenta o partido.Com o pedido do PSDB, agora são três ações que questionam a LSN no Supremo. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) também acionaram a corte contra a lei editada na ditadura.

O PTB pede que a LSN seja declarada inconstitucional, e o PSB sugere uma derrubada parcial do texto, com a manutenção de alguns trechos em vigor. Os casos são relatados pelo ministro Gilmar Mendes.Na ação ao Supremo, PSDB argumentou que a Lei de Segurança Nacional tem tipos penais extremamente vagos, algo feito de “modo proposital” para que o Poder Executivo pudesse manejar a norma para a proteção daqueles que estão em cargos de relevância e persecução de críticos.

– O Brasil jamais poderá se dizer genuinamente democrático enquanto continuar a perpetuar legislação cuja essência é restringir direitos constitucionais pétreos. A Constituição de 1988 foi não uma etapa de “progresso” em relação ao regime anterior, denotando um senso de continuidade, mas um momento histórico de efetivo rompimento com aquilo que vigorava anteriormente – registrou a legenda.

*Estadão

Leia também1 STF tem 'encontro marcado com a LSN', afirma Lewandowski
2 Deputada do PT vai ao STF para afastar o ministro da Justiça
3 Petistas querem investigar André Mendonça por "trabalhar"
4 MPF quer explicação da PF sobre prisões de críticos de Bolsonaro
5 STF: Advogados tentam impedir processos de crime contra honra

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.