Paulo Moura - 22/11/2021 15h20 | atualizado em 22/11/2021 16h57

Principal motivo para a suspensão das prévias iniciadas neste domingo (21) para escolha do candidato do PSDB às eleições presidenciais, o aplicativo desenvolvido pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) gerou um custo de nada menos que R$ 1 milhão à sigla; na verdade, aos cofres públicos, já que foi pago com o Fundo Partidário.

A informação foi divulgada no domingo pela revista Veja. De acordo com a publicação, o valor é devido ao serviço de desenvolvimento do programa, a aditivos feitos ao contrato e ao serviço de auditoria do sistema feito pela empresa de segurança cibernética Kryptus. O custo astronômico, porém, não impediu que o aplicativo não funcionasse quando precisava.

Os filiados do partido precisaram baixar a ferramenta em seus celulares e tinham até o término do dia 14 de novembro para se inscrever na disputa. Entretanto, desde que a votação começou, às 8h de domingo, muita lentidão e falhas foram registradas no app. O fato levou a direção do PSDB a, primeiro, postergar o encerramento do processo eleitoral e, depois, a suspender o pleito.

De acordo com a Veja, auxiliares da campanha de João Doria informaram que foram encontradas sete falhas que poderiam comprometer a confiabilidade do sistema. Mesmo com a Faurgs se comprometendo a corrigir as falhas encontradas pela auditoria, há temores de que o programa possa estar vulnerável a invasões por hackers.

Em entrevista concedida à CNN Brasil, o presidente da legenda, Bruno Araújo, afirmou que o parecer técnico sobre a falha do aplicativo deve ser apresentado ainda na tarde desta segunda-feira (22) e que, de acordo com o que for verificado, será definido o futuro da votação.

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