‘Pronto para liderar esse projeto’, afirma Moro sobre candidatura
Ex-ministro deu declaração durante entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo
Paulo Moura - 17/11/2021 08h38 | atualizado em 17/11/2021 09h15

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse estar preparado para ser candidato à Presidência da República em 2022. Recém-filiado ao Podemos, o ex-juiz deu a declaração durante uma entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, na madrugada desta quarta-feira (17).
-Estou pronto para liderar esse projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante – declarou.
O ex-juiz informou que também aceitaria renunciar ser “cabeça de chapa” e declarou que nunca teve “a ambição de cargo político”. De acordo com Moro, “existem outros nomes que têm se habilitado para fugir dos extremos”.
– Então, se tiverem outras lideranças, não tem nenhum problema de conversarmos. Temos que ter o desprendimento necessário para nos unirmos em algum momento – apontou.
Questionado por Bial sobre uma entrevista dada por ele ao jornal O Estado de São Paulo, em 2016, quando disse que “jamais seria candidato”, Moro se defendeu dizendo que, “naquele momento, o que vimos foi um Brasil vencendo a corrupção. Estávamos virando o jogo. Estava focado no meu trabalho”. O ex-juiz ainda aproveitou a resposta para atacar o governo do presidente Bolsonaro.
– No entanto, em 2018, tive a oportunidade de virar ministro da Justiça e encarava como missão por um propósito maior. Porém, quando o governo boicotou o projeto de combate à corrupção, passou a adotar um comportamento de, ao invés de coibir, interferir, saí do governo. Estamos perdendo o que construímos a duras penas na Operação Lava Jato – reforçou.
Segundo Moro, a decisão pela filiação ao Podemos surgiu após uma palestra nos EUA em que ouviu de um participante que ele “abandonou o Brasil”. A entrada no partido ocorreu no último dia 10 de novembro. Na cerimônia, o ex-ministro da Justiça prometeu ainda criar uma nova força-tarefa para o combate à pobreza, defendeu a liberdade de imprensa e reforçou a necessidade de reformas.
*AE
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