Projeto quer incluir abordagens femininas nas escolas; entenda
O projeto é de autoria da deputada Tabata Amaral, pré-candidata à Prefeitura de São Paulo
Pleno.News - 25/06/2024 21h02 | atualizado em 26/06/2024 12h42

Na última quarta-feira (19), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou um projeto que torna obrigatória a inclusão de abordagens femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e do ensino médio. A proposta, elaborada pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), visa promover o reconhecimento das contribuições femininas em diversas áreas.
O projeto estabelece como objetivo resgatar as contribuições, as vivências e as conquistas de mulheres nas áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política. Segundo a autora do texto, as mulheres têm baixa representação no mundo científico em razão do preconceito e do desencorajamento quanto aos lugares que podem ocupar, apesar de demonstrarem excelente desempenho escolar.
– Nesse sentido, o projeto visa combater uma falaciosa cultura machista e fomentar nas meninas a possibilidade de se tornarem cientistas ou lideranças políticas e, nos meninos, maior respeito pelas mulheres – justifica Tabata que teve seu projeto aprovado na Câmara.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora do projeto na CDH deu seu parecer favorável discursando sobre os “estereótipos” que dá “o brilhantismo e genialidade muito mais aos homens do que às mulheres”. A parlamentar também pontuou outras questões que colocam as mulheres em desvantagens, como o número de personagens mulheres nos livros de história usados nas escolas públicas.
SEMANA DA VALORIZAÇÃO DAS MULHERES
Além disso, o projeto propõe a criação da campanha nacional Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, a ser realizada anualmente na segunda semana de março, em todas as escolas de educação básica.
– A Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História não é uma data comemorativa, mas uma verdadeira campanha que visa à implementação de ações para concretizar o princípio constitucional de igualdade entre meninas e meninos, entre mulheres e homens – disse Thronicke.
Para que a proposta entre em vigor, ainda é necessária a aprovação pela Comissão de Educação e pelo plenário do Senado.
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