Ana Luiza Menezes - 10/01/2019 17h52 | atualizado em 10/01/2019 19h17

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, viajou para Caracas, na Venezuela, para participar da cerimônia de posse do presidente Nicolás Maduro. Apesar da maioria dos países ver o novo mandato dele como ilegítimo, o partido brasileiro está representado no evento desta quinta-feira (10), em demonstração de apoio ao atual governo.

Conhecido por seu autoritarismo, Maduro assumiu o poder em 2013, após a morte de Hugo Chávez. Com o novo mandato, considerado como ilegítimo por vários países, ele pretende passar mais seis anos à frente da Venezuela.

Para críticos, a presença de Hoffmann no país vizinho ajuda no desgaste da imagem do PT, principalmente perante os apoiadores do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL). ONGs e até a Igreja Católica denunciam o atual líder venezuelano de torturas a civis e militares do país que oferecem resistência ao regime que enfrenta grave crise econômica e humanitária.

Além disso, uma das maiores provas da decadência do plano chavista é o crescente êxodo de venezuelanos, que fogem para outros países. De acordo com as Nações Unidas, cerca de 5 mil pessoas deixam o país diariamente. Pelo menos 3 milhões de venezuelanos já foram embora da própria terra desde 2014.

Em entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, Gleise afirmou que um dos motivos de sua ida ao evento foi a intenção de “marcar posição contra grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela.” Para ela, Maduro foi eleito dentro dos marcos constitucionais.

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