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Presidente da Caixa: “Vida inteira pautada pela ética”

Acusado de assédio, Pedro Guimarães discursou ao lado de sua mulher nesta quarta-feira

Gabriel Mansur - 29/06/2022 12h54 | atualizado em 29/06/2022 13h05

Presidente da Caixa, Pedro Guimarães Foto: Alan Santos/PR

O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, fez um discurso em um evento do banco nesta quarta-feira (29), após se tornarem públicas denúncias de que ele teria cometido assédio sexual contra funcionárias. O curioso é que o evento para divulgar o Plano Safra 2023 chegou a ser cancelado nesta terça (28), justamente por causa das acusações virem à tona, e o banco até informou à imprensa que estavam cancelados o pronunciamento e a coletiva de Guimarães.

Apesar do cancelamento inicial, Guimarães compareceu à cerimônia e, sem se referir diretamente às acusações, disse que tem a “vida inteira pautada pela ética”. Ele discursou com a presença de sua esposa, Manuella Guimarães, na plateia.

– Eu quero agradecer a presença de todos vocês, a minha esposa. Acho que de uma maneira muito clara… São quase 20 anos juntos, dois filhos, uma vida inteira pautada pela ética – afirmou Guimarães que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).

Ameaçado no cargo, Guimarães comentou sobre sua gestão à frente do banco.

– Quando eu assumi o banco, ele tinha os piores ratings [classificações] das estatais. [Foram] dez anos de balanços com ressalvas. E hoje a gente é um exemplo. Então tenho orgulho do trabalho de todos vocês e da maneira como eu sempre me pautei em toda a minha vida – completou.

Pedro preside a estatal desde o início do mandato de Jair Bolsonaro, em 2019, mas é provável que seja afastado do cargo ainda nesta quarta. A secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, braço direito de Paulo Guedes, é a mais cotada para sucedê-lo.

DENÚNCIAS
Pedro Guimarães está sendo acusado por funcionárias da Caixa de ter praticado assédio sexual contra elas em diversos episódios. De acordo com o site Metrópoles, que divulgou os relatos, o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar a conduta de Guimarães com as colaboradoras.

Na reportagem, várias mulheres relataram toques íntimos não autorizados e abordagens inadequadas que teriam sido praticadas por Guimarães. Em um dos relatos, uma funcionária diz que Guimarães teria passado a mão em suas nádegas. Além disso, colaboradoras contaram que o presidente do banco teria feito comentários constrangedores em diversas situações.

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