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"Sem militância, sem lacração, sem todex", afirmou o assessor do deputado estadual Jesse Lopes (PL-SC)

Priscilla Brito - 24/03/2023 18h50 | atualizado em 24/03/2023 18h55

Nesta quinta-feira (23), o assessor parlamentar do deputado estadual Jesse Lopes (PL-SC), Renato Laurindo, questionou o uso de linguagem neutra em uma folha de propostas entregue pela Secretaria Municipal de Saúde de Tijucas, Santa Catarina. O papel fazia parte da cartilha da 17ª Conferência Nacional de Saúde etapas municipais que tem como título: Amanhã será um novo dia para todos, todas e todes.

O assessor ficou incomodado com o uso da linguagem e, em um vídeo compartilhado nas redes sociais, falou que contestou o secretário municipal de Saúde, Vilson José Porciúncula. De acordo com Laurindo, o secretário municipal de Saúde disse apenas seguir uma cartilha federal que contém orientações sobre o assunto.

Nesta sexta (24), Renato Laurindo anexou o mesmo tema compartilhado pela Secretaria Municipal de Saúde de Tijucas, porém, de outro munícipio que não fez uso da linguagem neutra. Na legenda, o assessor disse: “Sem militância, sem lacração, sem todex”.

Renato Laurindo

O QUE DIZEM ESPECIALISTAS?
Famosa nas redes sociais por suas aulas de Língua Portuguesa, a professora Cíntia Chagas criticou, em 2021, o uso do chamado “gênero neutro“, mecanismo utilizado para eliminar as referências de gêneros nas palavras, como a troca das letras “a” e “o” pela letras “e” ou “x”. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, Cíntia chamou a ideia de “esquizofrenia linguística”.

– Ele é utilizado apenas pelos não binários, por alguns professores universitários militantes, por que é uma questão ideológica, e também por empresas que fazem “marketing de lacração”, basicamente é isso, esse dialeto só interessa a essas pessoas. Eu tenho certeza que prejudica [o aprendizado], é uma esquizofrenia linguística – afirmou.

Cíntia também destacou que a Académie Française (equivalente francesa da Academia Brasileira de Letras) classificou o gênero neutro como uma “aberração pseudoinclusiva” que, portanto, não alcançaria o objetivo ao qual se propõe.

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