Prefeito, primo de Mandetta paga R$ 89 por máscara
Prefeitura informou que valor era por unidade e depois alegou que total era referente a caixas com 50 itens
Paulo Moura - 29/04/2020 09h22 | atualizado em 29/04/2020 13h24
Após o governo do Rio de Janeiro “exagerar” nos valores pagos por frascos de álcool em gel, agora foi a vez da Prefeitura de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, também pagar preços fora da realidade por um outro item usado durante a pandemia, as máscaras de proteção.
E o prefeito da capital sul-mato-grossense não é tão desconhecido assim, Marquinhos Trad é irmão do senador Nelsinho Trad e primo do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. No portal da Transparência da Prefeitura, chegou a constar que Marquinhos pagou exorbitantes R$ 89 por máscara para a cidade comandada por ele.
O valor da compra apresentava o preço pago para aquisição de 28.834 máscaras da empresa Pacotão Comércio de Produtos de Higiene e Limpeza no total de R$ 2.566.226.
Posteriormente, porém, após a repercussão do caso, a Prefeitura alterou os dados que constavam no portal e declarou que o valor, na verdade, era do custo por caixa com 50 unidades do produto.
O fato é que esse não é o primeiro episódio envolvendo a família Trad com casos suspeitos na prefeitura da capital do Mato Grosso do Sul.
O próprio Mandetta já foi alvo de investigação por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 em um contrato para implementar um sistema de informatização na saúde em Campo Grande, no período em que foi secretário, na gestão do outro primo, Nelsinho Trad.
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