Posse de ministro condenado é criticada por ONG anticorrupção
Waldez Góes já foi condenado pelo STJ, mas obteve habeas corpus no STF
Paulo Moura - 06/01/2023 09h31 | atualizado em 06/01/2023 10h24

A ONG Transparência Internacional – entidade sem fins lucrativos cujo propósito é atuar no combate à corrupção – fez críticas, nesta quinta-feira (5), à posse do novo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT). O chefe da pasta federal foi condenado em 2019, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela prática do crime de peculato.
A condenação de Góes foi suspensa em 2020 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a Corte acolher um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do político. O julgamento da ação em Plenário está parado desde 2021, quando o ministro Alexandre de Moraes pediu vista.
Em seu perfil no Twitter, a Transparência Internacional destacou que, “apesar da gravidade do caso”, Góes ainda assim foi empossado ministro do governo Lula. A entidade ressaltou que a nomeação do pedetista “acende todos os alertas”. A ONG ainda lembrou que Waldez Góes assumiu a pasta “pela cota do Centrão, que consegue achacar qualquer governo, à direita ou à esquerda”.
– A sociedade e as instituições devem impedir que um ministério fundamental para o desenvolvimento de regiões desassistidas do país continue usado como máquina de corrupção e feudalização eleitoreira. O Centrão pode achacar governos, mas não pode achacar a sociedade brasileira – finalizou.
Em nota, a defesa de Góes disse que o relator e o revisor do caso no STJ “reconhecem que os valores foram utilizados para pagar servidores e que não houve desvio em favor de terceiros e nem de Waldez Góes, na época governador”.
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