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Presidente falou com admiradores na saída do Palácio do Planalto

Gabriela Doria - 18/07/2019 12h25

Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta quinta-feira (18) às críticas contra a indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o posto de embaixador nos Estados Unidos.

Na saída do Palácio da Alvorada, onde parou para cumprimentar simpatizantes, ele questionou por que há tanta polêmica sobre o assunto, já que, segundo ele, indicações políticas são feitas também em outros países para postos diplomáticos.

– Por que essa pressão em cima de um filho meu? Ele é competente ou não é competente? Dentro do quadro das indicações políticas, vários países fazem isso. E é legal fazer no Brasil também – disse.

O presidente citou como exemplo a indicação do ex-deputado federal Tilden Santiago (PT-MG) para o posto de embaixador em Cuba pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– O Tilden Santiago não foi reeleito em 2002, foi ser embaixador em Cuba, ninguém falou nada – lembrou.

Bolsonaro ressaltou que não há impedimento na indicação e disse que ela atende o interesse público, uma vez que Eduardo teria boa relação com o governo do presidente Donald Trump.

– Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende o interesse público. Qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio – disse.

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, afirmou na terça-feira (16) que o Palácio do Itamaraty já tem pronta uma minuta do documento pelo qual o governo dos Estados Unidos será consultado sobre a indicação.

Em outra frente, o Palácio do Planalto também negocia a aprovação do nome de Eduardo pelo Legislativo. Bolsonaro já tratou do assunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Pelas contas feitas pelo governo, hoje Eduardo teria um placar apertado na Comissão de Relações Exteriores: um apoio de 8 dos 17 integrantes do colegiado. Por isso, o Palácio do Planalto já admite a possibilidade de que o tema seja levado ao plenário, onde o governo teria vantagem.

*Folhapress

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