Políticos de direita do RJ pedem rigor em punição após dia de caos
Tarde de ataques na capital fluminense terminou com 35 ônibus incendiados
Paulo Moura - 24/10/2023 14h33 | atualizado em 24/10/2023 15h28

Políticos de direita do Rio de Janeiro se manifestaram sobre a destruição causada por milicianos na tarde desta segunda-feira (23), na Zona Oeste do Rio. A onda de ataques deixou pelo menos 35 ônibus destruídos pelo fogo, além de trens e carros de passeio. De acordo com os deputados, a ação dos criminosos deve ser classificada como atos de terrorismo.
Presidente da Comissão de Segurança Pública e de Assuntos da Polícia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Márcio Gualberto (PL) afirmou que o momento atual é bastante delicado e que não existem medidas fáceis ou simplórias. O político reforçou que a população não pode ficar refém de traficantes e milicianos “que insistem em espalhar o terror”.
– Não podemos, jamais, normalizar o que está acontecendo ou acreditar que sempre foi assim e que, em algum momento, as coisas irão se resolver como num grande passe de mágica. Um pensamento tão medíocre não pode fazer parte da vida de uma autoridade pública – ressaltou.
Márcio Gualberto também defendeu que não serão iniciativas “pirotécnicas” ou “midiáticas” que produzirão resultados satisfatórios e convocou uma reunião especial da Comissão para esta terça (24).
– Os atores armados não estatais precisam ser tratados com o máximo rigor e legalidade, pois devem entender que o crime não compensa – concluiu.
Para o deputado estadual Anderson Moraes (PL), que é presidente da Comissão de Indústria e Comércio da Alerj, o que está acontecendo agora é fruto de uma série de erros cometidos por gestões passadas que agiram com a falta do rigor necessário.
– Na vida, colhemos o que plantamos. Plantamos a impunidade e estamos colhendo o caos – disse Moraes.
O deputado explica que, após as eleições de 2022, o crime e o criminoso ficaram muito mais à vontade para agir livremente. O resultado disso, na visão do parlamentar, são os episódios de insurgência criminal em vários estados da federação, como os que temos visto todos os meses.
– A sociedade fluminense está sentindo na pele as consequências do ódio ao trabalho policial, a exaltação da cultura da bandidolatria, o excesso de piedade criminosa e a falta de eficácia punitiva – lamentou Moraes.
Já o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, Rodrigo Amorim (PTB), declarou que as próximas duas reuniões do colegiado serão para tratar de projetos relativos à Segurança Pública no estado do Rio de Janeiro. Nas palavras do deputado, atacar um meio de transporte coletivo é algo inqualificável.
– Parabenizo mais uma ação precisa e contundente da nossa PCERJ [Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro] que tirou mais marginais do nosso convívio. O Rio de Janeiro vencerá essa guerra. Desde já precisamos endurecer as leis para quem ousa dominar território e também contra aqueles que atentam contra a vida dos cidadãos – disse o deputado.
Em Brasília, o deputado federal General Eduardo Pazuello (PL-RJ) também se posicionou sobre os acontecimentos. Para ele, é preciso usar o termo certo para classificar os criminosos que agiram na tarde desta segunda acabando com a paz dos cidadãos de bem.
– Terroristas! O Estado precisa agir imediatamente e à altura dos ataques que estão sendo cometidos por esses terroristas. É preciso que se reestabeleça a ordem e a paz para que o cidadão de bem recupere seu direito de ir e vir – completou.
Leia também1 Inep divulga locais de prova do Enem 2023; saiba como consultar
2 Quem é o marido de Ana Paula Padrão, internado após assalto
3 Lula descarta intervenção militar após ataques a ônibus no RJ
4 "Lula não mostrará apoio a candidato A ou B na Argentina"
5 Estudante de Medicina morre aos 26 anos, vítima de infecção