Polícia Federal prende homem que participava de ato no DF
Empresário chegou a convidar os CACs e os caminhoneiros para participar das manifestações em Brasília
Paulo Moura - 07/12/2022 08h42 | atualizado em 07/12/2022 10h39
A Polícia Federal prendeu, na noite desta terça-feira (6), o empresário Milton Baldin, que participava da manifestação contra o resultado das eleições presidenciais em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília (DF). A ordem de prisão foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em relatório enviado a Moraes, a Polícia Federal acusou o homem de ter instigado “grupos armados para protestarem na capital federal”. O relatório apontou ainda que o empresário seria de Sinop, no Mato Grosso, e que estaria convocando também caminhoneiros para as manifestações. Baldin foi levado para prestar depoimento na Superintendência da PF em Brasília.
– Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos os empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília (…). E também queria pedir aos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), que têm armas legais, hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores, venham aqui mostrar presença – disse o empresário em um vídeo divulgado nas redes.
🚨URGENTE🚨
Polícia Federal (GESTAPO) exclusiva do Xandão ataca novamente e acaba de prender no acampamento do QG em Brasília o empresário Milton Baldin por ter gravado esse vídeo no dia 26/11/2022. pic.twitter.com/0JxlSJkhwq— Alex Brasil (@AlexanderBrasil) December 7, 2022
Em outro trecho do vídeo, que foi gravado no último dia 26 de novembro, no qual ele aparece usando um microfone e falando para um grupo de manifestantes de cima de um palco próximo ao quartel, Baldin ainda questionou o que ocorreria após o dia 19 de dezembro – data limite para a diplomação de Lula, que acabou sendo confirmada para uma semana antes, no dia 12 de dezembro.
– Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas. E aí o que vão falar? “Perdeu, mané”. E como nós vamos defender a nossa propriedade e a nossa família? – indagou.
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