Polícia do Senado ouve Filipe Martins e avalia indiciá-lo
Senadores consideraram movimento feito pelo assessor da Presidência com as mãos como obsceno
Pleno.News - 07/04/2021 20h30 | atualizado em 08/04/2021 11h20

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (7), na Polícia Legislativa do Senado. O Estadão apurou que o órgão avalia indiciá-lo pelo gesto controverso, feito com a mão, durante uma sessão da Casa, no último dia 24.
Sentado atrás do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência provocou polêmica ao juntar as pontas do indicador e do polegar, como num sinal de “Ok”, estendendo os três dedos restantes e movimentando a mão para cima e para baixo. O gesto é usado por extremistas e associado a símbolos de ódio.
Mais tarde, no mesmo dia, Martins negou que tenha sido essa sua intenção e alegou que apenas ajeitava a lapela do próprio terno.
– Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao “supremacismo branco” porque, em suas mentes doentias, enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados, um a um – escreveu o assessor de Bolsonaro.
Caso seja indiciado, uma acusação contra Martins será encaminhada ao Ministério Público, que pode denunciá-lo na Justiça. A Polícia Legislativa avalia se gesto feito pelo assessor de Bolsonaro foi obsceno, ofensivo ou até mesmo racista.

*Estadão
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