Podemos chegou a blindar carro para uso de Moro em campanha
Despesa seria mais um dos gastos da sigla com o ex-ministro, que teriam totalizado cerca de R$ 3 milhões
Paulo Moura - 06/04/2022 09h00 | atualizado em 06/04/2022 09h30

Não foi apenas o salário do ex-juiz Sergio Moro que esteve no rol das despesas do Podemos para subsidiar o que seria a campanha presidencial do ex-ministro da Justiça. Na lista dos outros gastos feitos pela sigla, antes de Moro decidir trocar o partido pelo União Brasil, esteve até a blindagem de um carro. A informação foi divulgada pela coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.
Ao longo dos quase cinco meses em que esteve no Podemos, Moro teria gerado despesas de cerca de R$ 3 milhões para a sigla, de acordo com a avaliação do partido. Na quantia estariam incluídos os salários mensais de R$ 22 mil brutos pagos ao ex-ministro, R$ 210 mil gastos no evento de filiação e R$ 600 mil pagos em uma pesquisa qualitativa de intenção de voto.
Sobre o carro blindado, o ex-ministro afirmou, por meio de nota emitida por sua assessoria de comunicação, que “o veículo será incorporado ao patrimônio do Podemos” e que “o partido já tinha em seu acervo um carro blindado”.
A saída de Moro do quadro do Podemos, porém, não deixou impressões muito amigáveis. Em nota, a presidente do partido, Renata Abreu, disse que a legenda ofereceu estrutura e garantia de recursos para a futura campanha presidencial de Moro. Apesar disso, segundo Renata, a sigla acabou surpreendida com a saída do ex-ministro que, de acordo com a líder, não teria sido avisada.
– Para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável – completou Abreu.
Leia também1 Mãe de Henry Borel, Monique Medeiros deixa o presídio no Rio
2 Irmão de Chris Rock não aceita desculpas de Will Smith
3 Rio de Janeiro passa a ter RG com "gênero não binário"
4 Bolsonaro diz que tem o povo como "maior exército do mundo"
5 Deputado carrega arma e fala em "recepção calorosa" a Lula