Planalto diz que não definiu data para votar Previdência
Governo contestou informação dada pelo senador Romero Jucá, que disse que reforma seria analisada em fevereiro
Henrique Gimenes - 13/12/2017 20h57

Após o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) divulgar que o governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) haviam fechado acordo para que a Reforma de Previdência fosse votada só em fevereiro, o Palácio do Planalto divulgou nota contestando a informação.
De acordo com o texto, Temer “espera ainda para amanhã a leitura da emenda aglutinativa do deputado Arthur Maia sobre a reforma da Previdência”. Somente após é que a a data da votação será definida com Rodrigo Maia e Eunício de Oliveira.
Mais cedo, Jucá havia dito que a votação seria após o recesso parlamentar. O próprio presidente Michel Temer já havia afirmado que a reforma poderia ficar apenas para o ano que vem. O presidente da Câmara também já havia dado a entender que a data poderia ser no ano que vem ao dizer, nesta quarta, que só iria colocar a proposta em votação quando tivesse certeza da vitória.
Para a proposta ser aprovada na Câmara, serão necessários que pelo menos 308 deputados votem a favor em dois turnos. Com isso, a medida será enviada para o Senado, que também votará em dois turnos. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), será necessário o apoio de 49 dos 81 senadores.
Veja a nota:
Nota à imprensa
13/12/2017 – 19h
Após passar por procedimento cirúrgico em São Paulo na tarde de hoje, o presidente Michel Temer retornará a Brasília nesta quinta-feira (14), com liberação da equipe médica que o acompanha.
Ele espera ainda para amanhã a leitura da emenda aglutinativa do deputado Arthur Maia sobre a reforma da Previdência.
Somente depois disso, o presidente discutirá com os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a data de votação da proposta.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República
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