PGR rejeita investigar Bolsonaro por cheques de Fabrício Queiroz
Depósitos em cheque foram feitos pelo ex-motorista na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro
Henrique Gimenes - 10/05/2021 14h45 | atualizado em 10/05/2021 16h34

Em manifestação enviada pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), Augusto Aras rejeitou dar prosseguimento a um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro. O posicionamento foi feito no caso dos cheques depositados por Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O pedido de investigação foi feito ao STF pelo advogado Ricardo Bretanha Schmidt em agosto de 2020 e tratou dos depósitos R$ 89 mil na conta do Michelle. O advogado queria investigar Bolsonaro por peculato. Ele apontou que “a despeito dos depósitos terem sido feitos na conta da esposa do noticiado e em período anterior ao mandato presidencial em curso, os fatos relatados pela imprensa são graves e revelam a prática, pelo Presidente da República, do crime”.
A manifestação da Aras foi remetida ao Supremo na quinta-feira (6). No texto, ele ressaltou ser “notório que as supostas relações espúrias entre o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de denúncia na primeira instância em desfavor de ambos”.
O PGR apontou que “inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República”.
Ele ainda disse que “os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo”.
A manifestação foi enviada ao ministro Marco Aurélio Mello.
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