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PGR: Presidente da Alerj e vice de Witzel montaram esquema

Procuradoria-Geral da República aponta atuação de André Ceciliano e Cláudio Castro em estratégia criminosa

Paulo Moura - 28/08/2020 15h33

André Ceciliano, Wilson Witzel e Cláudio Castro estariam envolvidos em esquemas fraudulentos Foto: Alerj/Thiago Lontra

Segundo provas obtidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação sobre os desvios de recursos da saúde do Rio de Janeiro, não é apenas o governador Wilson Witzel que está diretamente ligado ao esquema criminoso. Para a PGR, os dois nomes seguintes na linha sucessória do Executivo fluminense também teriam participado de fraudes envolvendo verbas públicas.

A Procuradoria-Geral acredita que tanto o vice-governador do Rio, Cláudio Castro, quanto o presidente da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj), André Ceciliano (PT-RJ), atuaram na criação de um esquema desenvolvido para desviar recursos do Poder Legislativo sob o pretexto de financiar secretarias municipais de Saúde. Ambos foram alvos de buscas nesta sexta-feira (28).

Quem apontou a participação dos dois nomes no esquema fraudulento foi o ex-secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos. Em sua delação, Santos apontou que ambos participaram de uma estratégia criminosa cujo objetivo era direcionar para o bolso de deputados estaduais, verbas que deveriam ser enviadas para pastas municipais de saúde.

– A estratégia, apresentada pelo próprio André Ceciliano em reunião no gabinete da Presidência da Alerj em meados de 2019, consistia no desvio, em proveito dos deputados, de sobras dos duodécimos do Poder Legislativo, ‘doados’ ao Erário estadual sob pretexto de financiar as Secretarias Municipais de Saúde – afirmou a PGR, no pedido de buscas contra Castro e Ceciliano.

A investigação detectou que foram repassados cerca de R$ 100 milhões dos duodécimos da Alerj para os cofres estaduais. Desse total, foram feitos repasses sem fiscalização e sem critérios objetivos para diversos municípios escolhidos por deputados estaduais aliados. De acordo com a PGR, o governo Witzel não apresentou prestação de contas desses repasses.

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