PGR pede mais 60 dias em inquérito que investiga Temer
Também são investigados os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, de Minas e Energia, Moreira Franco
Henrique Gimenes - 14/06/2018 21h52
Nesta quarta-feira (14), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu, ao Supremo Tribunal Federal (STF), mais 60 dias de prazo em um inquérito que investiga o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco.
O pedido será analisado pelo ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no STF.
O caso em questão envolve um suposto pagamento feito pela Odebrecht no valor de R$ 10 milhões. Segundo o ex-diretor da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Temer e Padilha teriam recebido o executivo e Marcelo Odebrecht em um jantar no qual ficou acertado o repasse da verba.
O encontro teria acontecido em 2014, quando Temer ainda era vice-presidente. O dinheiro teria sido usado nas campanhas do partido.
O presidente Michel Temer teve seu nome incluído no inquérito em março deste ano. A investigação apura se a Odebrecht a propina foi paga para que seus interesses fossem atendidos na Secretaria de Aviação Civil, na época comandada por Moreira Franco.
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