Henrique Gimenes - 23/03/2022 15h48 | atualizado em 23/03/2022 16h11

Nesta quarta-feira (23), a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu pedir, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro. A medida ocorreu após a divulgação de um áudio do ministro que abordava uma suposta influência de pastores no MEC.

De acordo com a revista Veja, a decisão partiu do procurador-geral da República, Augusto Aras. A ideia é ouvir pastores, o ministro da Educação e ainda outros nomes da pasta. O pedido de abertura de investigação deve ser feito em uma representação que está com a ministra Cármen Lúcia, do STF.

A gravação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo na noite desta segunda-feira (21). De acordo com o veículo, dois pastores teriam influenciado o repasse de verbas do Ministério da Educação (MEC), Gilmar Santos e Arilton Moura. Além disso, Milton Ribeiro ainda disse que a medida era um pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Em nota, o ministro explicou o áudio e disse que, “diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação”. De acordo com ele, não existe “possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”. Além disso, Milton Ribeiro ainda afirmou que “o Presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém”.

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