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PGR denuncia Lula, Gleisi e Marcelo Odebrecht ao STF

Peça foi encaminhada ao relator da operação Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin

Henrique Gimenes - 30/04/2018 21h51 | atualizado em 05/07/2018 17h23

Gleisi Hoffmann e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva forma denunciados ao STF pela PGR Foto: AGPT/Lula Marques

Na noite desta segunda-feira (30), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), e os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo, além do empresário Marcelo Odebrecht.

Além deles, o chefe de gabinete de Gleisi, Leones Dall Agnol, também foi denunciado. Ele, o ex-presidente Lula e os ex-ministros foram denunciados por corrupção passiva. A senadora foi denunciada por lavagem de dinheiro e Marcelo Odebrecht por corrupção ativa.

A peça foi encaminhada ao relator da operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, já que Gleisi Hoffmann possui foro privilegiado. A PGR solicita também que a denúncia não seja desmembrada.

No documento, Raquel Dodge requisita que Lula, Palocci e Paulo Bernardo paguem R$ 40 milhões e um valor extra de R$ 10 milhões pela reparação de danos materiais e morais coletivos. Ela pede ainda que Gleisi e o chefe de gabinete paguem R$ 3 milhões.

A PGR afirma que a Odebrecht teria pedido a Lula, em 2010, decisões favoráveis à empresa. Para isso, teria deixado R$ 64 milhões à disposição do PT. Entre essas medidas estava o aumento de um empréstimo concedido a Angola pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor teria chegado a R$ 1 bilhão.

No caso de Gleisi Hoffman, a PGR afirma que ela recebeu uma doação eleitoral não declarada de R$ 5 milhões para sua campanha de 2014 ao governo do Paraná.

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