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PGR dá parecer por liberdade de Torres, mas com tornozeleira

Ex-ministro foi detido sob suspeita de omissão ante os atos do dia 8 de janeiro

Pleno.News - 17/04/2023 19h17 | atualizado em 17/04/2023 20h50

Anderson Torres Foto: EFE/Joedson Alves/Arquivo

Nesta segunda-feira (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido de revogação da preventiva do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Ele foi detido sob suspeita de omissão ante os atos do dia 8 de janeiro, à época em que era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, disse que, com o avanço das apurações sobre a ofensiva antidemocrática, Torres pode deixar o Batalhão de Aviação Operacional (Bavop) desde que siga medidas cautelares alternativas: uso de tornozeleira eletrônica; proibição de sair da capital federal; proibição de manter contato com os demais investigados e manutenção do afastamento do cargo de delegado de Polícia Federal.

As duas últimas medidas, de proibição de contato com investigados e afastamento da PF, são consideradas essenciais pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos na PGR, considerando o “grave contexto dos fatos investigados e a posição do requerente nos quadros da Administração pública”.

– A intenção é evitar que o investigado possa utilizar de sua influência política para interferir no andamento da apuração – anotou.

Torres é investigado por suposta conivência com os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na data em que os prédios do Supremo, Planalto e Congresso foram invadidos e depredados, o ex-secretário de Segurança Pública estava nos Estados Unidos. No dia seguinte, entrou de férias.

O aliado do presidente Jair Bolsonaro foi preso no dia 14 do mesmo mês, assim que retornou ao país. Antes, a Polícia Federal (PF) fez buscas na residência do ex-ministro da Justiça, encontrando a chamada minuta do golpe (rascunho de um decreto de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral). O documento abasteceu ação de investigação eleitoral que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível.

O Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos vê indícios de que Torres tinha conhecimento das convocações de teor antidemocrático e da chegada de mais de 130 ônibus a Brasília. A PGR também destacou que relatórios de inteligência continham informações detalhadas sobre a convocação para os atos do 8 de janeiro.

*AE

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