Leia também:
X Lira: “Reforma tributária entra na pauta na próxima semana”

PGR apontou risco de fuga de coronel da Polícia Militar

Constatação veio após boletim de ocorrência registrado pela ex-mulher do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto

Pleno.News - 07/02/2023 21h47 | atualizado em 08/02/2023 11h20

Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto Foto: PMDF

Além de pedir a prisão do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) Jorge Eduardo Naime Barreto, por suspeita de omissão em relação aos atos do dia 8 de janeiro no Distrito Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também defendeu a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e de mensagem.

A decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações sobre os atos que culminaram na invasão aos prédios dos Três Poderes.

O oficial foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (7), na quinta fase da Operação Lesa Pátria. Barreto era chefe do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar, setor responsável pelo planejamento da operação de segurança do dia 8 de janeiro. Ele foi exonerado durante a intervenção federal na segurança pública do DF.

A PGR também pediu a quebra dos sigilos do tenente Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que estava à frente do DOP naquele dia 8, cobrindo a folga de Barreto.

Também foram presos nesta terça o major Flávio Silvestre de Alencar, o capitão Josiel Pereira Cesar e o tenente Rafael Pereira Martins. A diferença é que a prisão dos três é temporária, com duração de cinco dias, enquanto a prisão preventiva do coronel não tem prazo predeterminado.

Ao pedir a prisão preventiva do coronel, a PGR lança suspeitas de que ele retardou intencionalmente a reação das tropas ao avanço dos manifestantes, permitindo a invasão dos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Planalto. O órgão também afirma que, embora tenha recebido alertas de inteligência, o oficial não fez um planejamento adequado para garantir a segurança na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

– Há elementos que fortalecem a hipótese de que as obrigações de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, impostas pela Constituição Federal, foram descumpridas – diz um trecho da representação enviada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos ao Supremo. Na avaliação da PGR, o coronel “descumpriu o dever de agir”.

A Procuradoria também disse ver “concreta possibilidade de fuga” e de ocultação de provas. O plano veio a público depois que a ex-mulher do coronel, Tatiana Lima Beust, registrou um boletim de ocorrência por agressão. Ela relatou ter sido agredida com uma barra de ferro pela atual mulher do coronel ao tentar impedir que ele viajasse com os filhos para a Bahia. A motivação seria evitar uma prisão iminente.

– Existe um inegável perigo gerado pelo estado de liberdade do investigado, que intenciona fugir, se já não fugiu. Também não é de se descartar a efetiva hipótese de ameaças contra a ex-esposa, os filhos e pessoas próximas de Jorge Eduardo Naime Barreto, caso detalhem sua conduta no ocorrido. Por todos esses fatores, faz-se necessária a decretação de sua prisão preventiva – apontou a PGR.

*AE

Leia também1 Moraes manda PGR avaliar se Torres deve ficar em liberdade
2 TSE mantém "minuta de golpe" em ação contra Jair Bolsonaro
3 AGU pede aumento de bloqueio de bens de presos por atos no DF
4 Governo decide impor sigilo a imagens dos atos em Brasília
5 Feliciano questiona intenção do governo Lula de sigilo sobre atos

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.