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PF revela responsável por falta de planejamento da PMDF no 8/1

Relatório foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal

Monique Mello - 16/05/2023 12h22 | atualizado em 16/05/2023 12h36

Policiais no 8 de janeiro Foto: EFE/ Andre Borges

Foram divulgados alguns trechos do relatório de análise da Polícia Federal (PF) sobre os atos de 8 de Janeiro, no qual é identificado um responsável pela falta de planejamento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) diante da invasão às sedes dos Três Poderes. A coluna Grande Angular, do Metrópoles, teve acesso ao documento.

De acordo com o conteúdo divulgado nesta terça-feira (16), a competência para elaborar o planejamento de contenção dos manifestantes era do coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que atuava como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF na ocasião. Ele substituía o coronel Jorge Eduardo Naime, que estava de folga no dia dos atos.

A PF concluiu a falta de um plano operacional para coibir as invasões a partir de análise efetuada nos materiais apreendidos na casa e no carro de Paulo José.

– É verossímil acreditar que Paulo José agiu de forma omissa, frente aos crimes praticados no dia do evento, ao não elaborar o planejamento operacional do policiamento ostensivo do Distrito Federal – aponta um trecho do relatório.

A PF apontou a existência de um grupo no WhatsApp chamado “DOC/CPR’S”, pelo qual era realizado o acionamento das equipes policiais.

– Neste mesmo grupo, o coronel Paulo José fez o acionamento das equipes de sobreaviso para que comparecessem à Esplanada dos Ministérios, duas horas após o início das manifestações – diz outro trecho.

– Em algumas dessas mensagens foi informado que os radicais estariam com alta animosidade e falando sobre “morte e tomada de poder”. Vale mencionar também que existia Relatório de Inteligência nº 6, de 6 de janeiro de 2023, que dava conhecimento sobre os possíveis riscos das manifestações – continua a PF.

Tão logo assumiu a posição de interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli exonerou Paulo José.

Em fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de mensagem de Paulo José. Ele foi alvo da 5ª fase da Operação Lesa Pátria.

O coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra ainda não se manifestou.

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