PF queria apreender celular de Michelle, mas Moraes negou
Ministro do STF não viu "indícios concretos" para a apreensão
Monique Mello - 03/05/2023 16h31 | atualizado em 03/05/2023 17h23
O pedido de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã desta quarta-feira (3), também abarcava a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No entanto, a Polícia Federal (PF) recebeu uma negativa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes considerou não haver “indícios concretos” da participação de Michelle nos fatos investigados.
– Efetivamente, na representação policial, embora seja citada nominalmente, não há descrição de conduta específica da representada [Michelle Bolsonaro] não se verifica, em relação a ela, as mesmas condições intersubjetivas presentes entre os demais agentes, razão pela qual, tão somente em relação a Michelle de Paula Firmino Reinaldo Bolsonaro deve ser indeferido o pedido de busca e apreensão e busca pessoal – escreveu o ministro na decisão.
Na Operação Venire, a PF de fato apreendeu apenas o celular do ex-presidente. A operação foi deflagrada para apurar a possível prática de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Seis pessoas foram presas, entre elas o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
A investigação é feita como parte do chamado inquérito das milícias digitais, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), relatado por Alexandre de Moraes.
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