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PF prende a mulher que pichou “perdeu, mané” em estátua

A primeira fase da Operação Lesa Pátria ocorreu no dia 20 de janeiro; confira

Priscilla Brito - 17/03/2023 11h08

Em nova fase da 'Lesa Pátria', PF prende mulher que pichou estátua da Justiça
Em nova fase da Operação Lesa Pátria, PF prende mulher que pichou estátua da Justiça Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Nesta sexta-feira (17), foi aberta pela Polícia Federal (PF) a oitava fase da Operação Lesa Pátria. Dessa vez, uma mulher apontada como responsável por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça localizada em frente ao Supremo Tribunal, foi presa. A escrita é uma referência à resposta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que o hostilizaram durante viagem aos Estados Unidos.

A mulher, identificada como Debora Rodrigues dos Santos, foi alvo de mandado de prisão, assim como um homem, identificado como Nelson Ribeiro Fonseca Junior, apontado como suspeito por levar, da Câmara dos Deputados, a bola assinada pelo jogador Neymar.

O objetivo da PF era prender 32 investigados pelos atos do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Agentes ainda vasculham 46 endereços de nove estados e do Distrito Federal.

Considerada a maior etapa ostensiva do inquérito em volume de mandados, as ordens de prisão e autorizações de busca e apreensão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A operação acontece simultaneamente nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo e no Distrito Federal.

Os investigados podem responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

FASES DA OPERAÇÃO LESA PÁTRIA
– No dia 20 de janeiro, a primeira fase da Operação Lesa Pátria prendeu cinco suspeitos de participação, incitação e financiamento nos atos contra à sede dos Três Poderes. Entre eles: Ramiro dos Caminhoneiros, Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Baccio.

– Em Uberlândia (MG), policiais prenderam, na segunda fase da força-tarefa, Antônio Cláudio Alves Ferreira. Ele foi filmado destruindo um relógio histórico no Palácio do Planalto.

– A terceira fase da operação prendeu cinco pessoas, incluindo a idosa Maria de Fátima Mendonça, de 67 anos, que viralizou ao dizer em um vídeo que ia “pegar o Xandão”. O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido como Léo Índio, foi alvo de buscas na mesma fase.

– Em 3 de fevereiro, a PF abriu a quarta fase ostensiva da investigação e prendeu o empresário conhecido como Márcio Furacão, que se filmou ao participar da invasão ao Palácio do Planalto, e o sargento da Polícia Militar William Ferreira da Silva, conhecido como “Homem do Tempo”, que fez vídeos subindo a rampa do Congresso Nacional e dentro do STF.

– Na quinta etapa, quatro oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal foram presos suspeitos de convivência com os apoiadores do ex-chefe do Executivo. Um deles é o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, que era chefe do Departamento Operacional da corporação, setor responsável pelo planejamento da operação de segurança para o 8 de janeiro. Ele estava de licença no dia do ataque e foi afastado do cargo pelo então interventor federal Ricardo Cappelli.

– A sexta fase da ofensiva foi aberta no último dia 14 e prendeu preventivamente seis radicais; além de vasculhar 13 endereços de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo.

– No dia 7 de março, ocorreu a sétima fase. Nela foi preso Edmar Miguel, conhecido como Miguel da Laranja que se filmou subindo no teto do Congresso nacional durante as manifestações; Kennedy de Oliveira Alves, que fez um vídeo enquanto invadia o prédio do Supremo Tribunal Federal; e Aline Cristina Monteiro Roque, que também se gravou invadindo a Praça dos Três Poderes.

AE*

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