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PF não vê lavagem de dinheiro por Flávio Bolsonaro

Senador classificou a investigação da polícia como "isenta"

Pleno.News - 03/02/2020 15h37

Senador Flávio Bolsonaro Foto: Pedro França/Agência Senado

Filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro classificou como “isenta” a investigação da Polícia Federal (PF) que concluiu não haver indícios de que ele tenha cometido os crimes de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica no inquérito eleitoral que mira tanto as negociações de imóveis feitas pelo filho mais velho do presidente como a sua declaração de bens na eleição de 2018.

A previsão é a de que o relatório final da polícia sobre o caso, revelado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (3), seja entregue à Justiça nos próximos dias.

– Quando a investigação é isenta, só tem esse resultado possível – disse o senador, ao deixar, ao lado de seu pai, evento em São Paulo para o lançamento da pedra fundamental de colégio militar que será construído no Campo de Marte e tem inauguração prevista para o final de 2022.

Antes do evento, o presidente foi questionado sobre a investigação da PF.

– Pergunta pra PF, eu não me meto nas questões do Judiciario – ressaltou.

O resultado apurado pela PF sobre Flávio não coincide com os elementos encontrados em um outro inquérito, do Ministério Público do Rio, que apura a prática de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa -ele foi deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.

Nesse tipo de esquema, funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários aos deputados.

Segundo a Promotoria, que investiga a prática de peculato, ocultação de patrimônio e organização criminosa, Flávio lavou até R$ 2,3 milhões com transações imobiliárias e com sua loja de chocolates. O senador nega que tenha cometido os crimes sob apuração.

Embora não sejam sobre o mesmo objeto, as investigações da Polícia Federal e do MP-RJ se esbarram em relação aos imóveis de Flávio.

O procedimento que hoje está com a PF teve como origem uma notícia crime feita pelo advogado Eliezer Gomes da Silva com base em reportagem da Folha de S.Paulo de janeiro de 2018 que apontava a evolução patrimonial de Jair Bolsonaro, então deputado federal, e seus filhos políticos.

Na denúncia, o advogado destacou o fato de Flávio ter declarado em 2014 e 2016 ser proprietário de um imóvel em Laranjeiras, mas ter atribuído valores distintos ao mesmo bem em cada ano.

No inquérito em andamento no âmbito estadual, o Ministério Público disse ter encontrado suspeitas de que o senador usou recursos em espécie na compra de apartamentos com o objetivo de lavar dinheiro da “rachadinha” da Assembleia Legislativa.

A investigação local começou após um relatório de inteligência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ter detectado uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão no intervalo de um ano nas contas de Fabrício Queiroz, funcionário do gabinete de Flávio e amigo do presidente Jair Bolsonaro.

No caso dos apartamentos, a desconfiança do MP-RJ é que os valores registrados por Flávio em cartórios não sejam verdadeiros. Na investigação da PF, porém, não foram apontados indícios nesse sentido.

*Folhapress

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