PF investiga youtuber do PDT que pediu morte de Bolsonaro
Militante sugeriu assassinato da família do presidente
Gabriela Doria - 07/08/2019 21h55
O youtuber Vinicius Guerrero virou alvo da Polícia Federal após publicar um vídeo em que sugere o assassinato do presidente Jair Bolsonaro, sua família e membros do governo. Vinicius, também conhecido como Vina Guerrero, apresenta-se como militante do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e líder do Movimento Comunitário Trabalhista de São Paulo.
O inquérito contra o youtuber foi aberto após pedido do ministro da Justiça, Sergio Moro. O ministro também estuda a possibilidade de enquadrar Vinicius na Lei de Segurança Nacional. O militante será investigado pelos crimes de ameaça, incitação à violência e contra a honra do presidente Jair Bolsonaro.
Em um vídeo de 12 minutos, o youtuber, que aparece visivelmente transtornado, prega a morte de Bolsonaro e seus três filhos políticos.
– Não tem mais condição de aceitar um bosta como Bolsonaro no poder. Esse cara tem que ser assassinado, ele e a família, menos a filha que não é política, [mas sim] os políticos da família Bolsonaro pra resumir, os quatro: os três filhos bosta [sic] e o próprio pai – afirmou Vinicius.
Em outro momento, ele sugere que militantes comprem armas da Venezuela para dar início a uma “revolução” armada.
– Pede armamento para a Venezuela e vamos começar uma guerra! É isso que tem que acontecer – sugere.
O youtuber retirou o vídeo de seu canal, bem como todos os outros vídeos da plataforma. Vina Guerrero acumula mais de 6 mil seguidores.
Em nota, o Ministério da Justiça comentou o pedido de investigação.
– O Ministério da Justiça e Segurança Pública requisitou à Polícia Federal, em 06/08/2019, a abertura de inquérito policial para a apuração de graves crimes de ameaça, incitação à violência e contra a honra praticados contra o Sr. Presidente da República, Jair Bolsonaro, por pessoa identificada como ‘Vina Guerrero’, e que foram efetuados por meio de vídeo divulgado no Youtube. Foi ainda solicitada, em vista da gravidade das ameaças e da incitação à violência, a verificação de eventual enquadramento das condutas na Lei de Segurança Nacional – declarou.
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