PF investiga esquema de propina entre JBS e Receita
Segundo investigadores, valores pagos chegam a R$ 160 milhões e geraram R$ 2 bi para a empresa
Emerson Rocha - 11/12/2017 09h16
O grupo JBS é alvo de mais uma investigação. Na manhã desta segunda-feira (11), uma operação da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, apura a denúncia de pagamento de propinas para acelerar a liberação de créditos tributários do Fisco a empresas dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Segundo os investigadores, os valores podem chegar a R$ 160 milhões.
A operação, batizada de Baixo Augusta, já afastou um auditor-fiscal da Receita. Além dele, oito pessoas físicas e jurídicas tiveram os bens bloqueados por suspeita de envolvimento no esquema. No total, são 14 mandados de busca e apreensão.
Após acordo de deleção premiada dos executivos da JBS, a investigação opera na capital paulista e nas cidades de Caraguatatuba, Campos do Jordão, Cotia, Lins e Santana do Parnaíba. Essa ação é um desdobramento da Lava Jato.
De acordo com a polícia, o esquema criminoso ocorreu desde 2004 por meio de empresas de fachada e da emissão de notas fiscais falsas. Com isso, as empresas dos irmãos Batista receberam cerca de R$ 2 bilhões da Receita a título de créditos tributários.
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