PF indicia mais três investigados no inquérito do “golpe”
Inquérito passa a contar com total de 40 indiciados
Pleno.News - 11/12/2024 22h02 | atualizado em 12/12/2024 11h25
A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quarta-feira (11), mais três investigados no inquérito que apura a formatação de um suposto plano de golpe de Estado.
Os novos indiciados são Aparecido Andrade Portela, militar da reserva do Exército e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS); Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de Gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência, acusado de atuar no planejamento do suposto golpe, e o militar Rodrigo Bezerra de Azevedo, kid-preto do Exército, acusado de participar do trabalho de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com os indiciamentos, o inquérito que investiga a tentativa do suposto golpe passa a contar com 40 indiciados, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.
No relatório da PF enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator do caso, o delegado Fabio Shor detalha a atuação dos acusados.
De acordo com a investigação, Aparecido Portela atuou como intermediário entre o governo de Jair Bolsonaro e os financiadores de manifestações antidemocráticas em Mato Grosso do Sul, no final de 2022.
Os investigadores identificaram uma troca de mensagens pelo WhatsApp entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, nas quais Portella, segundo a PF, usou o termo “churrasco” para se referir ao suposto golpe.
Segundo a PF, Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército, ocupou o cargo de chefe de gabinete de Mario Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Para os investigadores, Reginaldo ajudou Mário Fernandes a disseminar informações falsas sobre o sistema eletrônico de votação do Brasil para “impedir a posse do governo legitimamente eleito”. Além disso, ele foi acusado de ajudar Fernandes a “manipular” um relatório de fiscalização das Forças Armadas sobre as eleições de 2022.
Por fim, a PF sustenta que o kid-preto Rodrigo Bezerra Azevedo participou do monitoramento ilegal da rotina de Alexandre de Moraes.
Conforme as investigações, o planejamento do suposto golpe incluiu um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).
O advogado Jeffrey Chiquini, representante de Rodrigo Bezerra, disse que a defesa não foi intimada oficialmente e desconhece o indiciamento.
*Com informações da Agência Brasil