PF alega que não é possível liberar Lula para velório
Irmão do ex-presidente morreu na terça-feira
Ana Luiza Menezes - 30/01/2019 01h58 | atualizado em 30/01/2019 02h00

Segundo a Polícia Federal (PF), não é possível liberar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o funeral do irmão dele, Genival Inácio da Silva, que morreu na manhã de terça-feira (29). A justificativa é que, por medida de segurança, o petista teria que ser transportado por um helicóptero até o local, porém todas as aeronaves da corporação estão em Brumadinho, Minas Gerais.
A declaração da corporação foi apresentada à juíza Carolina Lebbos. O Ministério Público Federal protocolou uma manifestação, com base no texto da PF, afirmando que de acordo com a lei a liberação pode acontecer, mas não é garantida.
Os procuradores defendem também que Lula não é um preso comum e que a logística para realizar a sua escolta depende de um tempo prévio de preparação e planejamento. A Justiça ainda não emitiu uma decisão final sobre o caso.
A defesa do ex-presidente pediu a liberação com base no artigo 120 da Lei de Execução Penal, que oferece aos condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios a possibilidade de obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta diante de falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão.
A polícia fez uma análise de risco da operação e considerou a Vigília Lula Livre, que acampa em frente ao local onde Lula está detido, em Curitiba, no Paraná. Possíveis riscos foram apresentados como obstáculos para a liberação dele, considerando que não há efetivo policial para garantir o impedimento de uma das situações.
1 – Fuga ou resgate do ex-presidente Lula;
2 – Atentado contra a vida do ex-presidente Lula;
3 – Atentados contra agentes públicos;
4 – Comprometimento da ordem pública;
5 – Protestos de simpatizantes e apoiadores do ex-presidente Lula;
6 – Protestos de grupos de pressão contrários ao ex-presidente Lula.
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