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Operação da PF contra fake news mira Roberto Jefferson

Ordens judiciais estão sendo realizadas em seis estados e no Distrito Federal

Paulo Moura - 27/05/2020 07h56 | atualizado em 27/05/2020 08h35

Roberto Jefferson Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quarta-feira (27) mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal como parte do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre fake news. Ao todo, 29 mandados são executados no procedimento que é presidido pelo ministro Alexandre de Moraes.

As ações estão sendo realizadas nos estados do Rio de Janeiro, em São Paulo, no Mato Grosso, no Paraná e em Santa Catarina, além do Distrito Federal. Um dos alvos mais conhecidos da operação é o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB.

Entre os outros alvos da operação aparecem apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, como o jornalista Allan dos Santos, do portal Terça Livre, e Sara Winter, ativista que coordena o grupo chamado 300 do Brasil, o proprietário das lojas Havan, Luciano Hang e o deputado estadual de São Paulo, Douglas Garcia.

O inquérito em questão foi iniciado, com algumas controvérsias, pelo presidente da Suprema Corte, Dias Toffoli. Segundo a Corte, o objetivo da medida é apurar “notícias fraudulentas” e ofensas e ameaças que “atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares”.

A polêmica, porém, é que o ministro Toffoli iniciou o procedimento por conta própria sem a chamada “provocação” de outro ente como o Ministério Público, por exemplo. Além desse fato, o ministro designou Alexandre de Moraes como relator do caso sem realizar sorteio, que é norma no caso de inquéritos comuns.

Na época, a então-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o arquivamento do inquérito. Moraes negou. Partidos políticos, parlamentares e associações de procuradores também apresentaram ações contra a abertura do inquérito.

As ações questionam que muitos dos suspeitos das ofensas e crimes sob investigação de Moraes não têm foro privilegiado e, portanto, o inquérito não deveria ser conduzido pelo Supremo.

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