Henrique Gimenes - 11/04/2019 16h45 | atualizado em 11/04/2019 18h13

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, utilizou suas redes sociais, nesta quinta-feira (11), para criticar uma pesquisa do Instituto Datafolha sobre o pacote anticrime. De acordo com ele, o levantamento é mal feito e “apenas reforça a necessidade de continuar explicando aqui no Twitter o projeto de lei anticrime”.

Entre as questões apontadas no levantamento, feito com 2.086 em 130 municípios entre os dias 2 e 3 de abril estão:

• 68% dos entrevistados não consideram que haveria mais segurança se a polícia matasse suspeitos;
• 81% acredita que a polícia não deveria ter mais liberdade para atirar em suspeitos, caso inocentes possam ser atingidos;
• 80% disse que policiais que matam suspeitos de crime devem ser investigados;
• 72% considera que a polícia deveria ter permissão para matar em legítima defesa;
• 16% afirmou que uma pessoa que atira em alguém por estar muito nervosa não deve ser punida.

Em sua conta do Twitter, Moro disse que “nenhuma das perguntas feitas na pesquisa diz respeito a medidas constantes no projeto de lei anticrime”. Ele citou exemplos das perguntas e sugeriu outros questionamentos.

– Uma sugestão: perguntar sobre a opinião das pessoas (…) se homicidas e feminicidas devem ser presos logo após a condenação por um Tribunal do Júri, ou se devem esperar o trânsito em julgado, que pode levar vinte ou trinta anos. Outro ponto importante do projeto – escreveu.

Ele, no entanto, deixou claro que “pesquisas de opinião são importantes para auxiliar na construção de políticas públicas. Ainda espero que alguma coisa possa ser feita sobre o projeto de lei anticrime e seus pontos chaves: medidas simples e eficazes contra corrupção, crime organizado e crimes violentos”.

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

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