Paulo Moura - 05/11/2019 07h33 | atualizado em 05/11/2019 08h41

O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu manter o pedido feito pelos ex-procuradores-gerais Rodrigo Janot e Raquel Dodge e também pediu que as delações de Joesley Batista e outros três ex-executivos do grupo J&F sejam anuladas. O argumento apresentado é de que os delatores teriam omitido informações importantes para as investigações.

Além de pedir a anulação, Aras solicitou que as provas produzidas continuem válidas e pediu a devolução de valores já pagos pelos colaboradores à Justiça. A expectativa, porém, é de que o STF julgue só no ano que vem a validade das colaborações e o destino das provas entregues pelos delatores.

Questionados, os delatores negam qualquer omissão ou irregularidade e afirmam que colaboraram efetivamente com a Justiça.

De acordo com o pedido original, em setembro de 2017, na gestão de Rodrigo Janot, os quatro teriam deixado de informar que receberam suposta orientação do ex-procurador Marcelo Miller quando ele ainda integrava o MP. Depois de assumir a PGR, Raquel Dodge reiterou o pedido para anulação dos acordos.

Leia também1 Aras defende férias de 2 meses para integrantes do MP
2 Feliciano aciona PGR contra senador petista por ameaça
3 Aras pede investigação de porteiro que acusou Bolsonaro