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Bolsonaro critica votos contra a PEC dos Precatórios: ‘Maldade’

Presidente afirmou que deputados de esquerda “votaram contra os pobres, por birra”

Henrique Gimenes - 04/11/2021 15h29 | atualizado em 04/11/2021 16h30

Presidente da República, Jair Bolsonaro Foto: Alan Santos/PR

Em conversa com apoiadores nesta quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios e criticou quem votou contra a medida. Para ele, os 144 deputados que se posicionaram contra o texto “votaram contra os pobres, por birra”.

A PEC foi aprovada na madrugada desta quinta por 312 a 144 votos, com apenas 4 a mais do que o mínimo necessário para passar, 308 votos. O texto ainda precisará passar por um segundo turno de votação e pela análise dos destaques antes de seguir para o Senado, o que deve ocorrer na semana que vem.

Ao falar sobre votos contrários, Bolsonaro disse que os partidos de esquerda cometem uma “maldade”.

– Ontem, mais de 100 deputados votaram contra os pobres, por birra, por ser eu o presidente. Não querem atender aos pobres. Nunca vi isso. Partido de esquerda é comum, né? Votam contra a gente, mas votar nessa questão também é [uma] maldade muito grande – apontou.

A PEC dos Precatórios deve abrir um espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022 para o pagamento do Auxílio Brasil e outros gastos, às vésperas da eleição presidencial. A ideia do texto é limitar o valor máximo que governo precisará pagar de precatórios, que são dívidas estabelecidas após derrotas na Justiça. No total, o limite será de R$ 39,9 bilhões, em vez de R$ 89 bilhões.

Bolsonaro falou sobre o valor e disse que o governo busca uma solução para esses pagamentos.

– Estamos tentando, então, com parlamento. Se bem que alguns do Supremo estão tentando ajudar também [a] parcelar essa dívida enorme, pagar uns R$ 30 bi ano que vem e parcelar mais R$ 60 bi para o futuro. Se não, não temos como pagar – ressaltou.

O presidente também lamentou o volume de precatórios com o qual seu governo tem que lidar.

– Precatórios são dívidas de 20, 30 anos atrás. O Supremo [Tribunal Federal] colocou tudo no meu colo para pagar tudo de uma vez só. Entra para dentro do teto R$ 90 bilhões. Simplesmente não tem como trabalhar ano que vem. Zera muito ministério – destacou.

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