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Pazuello diz que fez tudo por Manaus e critica a imprensa

Ministro da Saúde afirmou ainda que o governo estuda a variante da Covid-19 identificada no Amazonas

Pleno.News - 18/01/2021 19h53 | atualizado em 19/01/2021 11h09

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afastou do governo federal a responsabilidades pelo colapso de saúde em Manaus (AM). Desde a semana passada, a cidade não tem oxigênio para todos os pacientes com Covid-19 nem mesmo para bebês prematuros.

– Fizemos tudo o que [tínhamos] de fazer. Estamos fazendo e vamos continuar fazendo – disse Pazuello nesta segunda-feira (18), no Palácio do Planalto, em entrevista à imprensa.

O general negou a lentidão do governo federal para oferecer ajuda na entrega de insumos como o oxigênio e criticou a imprensa.

– Tudo é noticiado e apresentado diariamente. Nada disso chega desta forma à nossa população […] Essa é a nossa guerra. A guerra contra as pessoas que estão manipulando nosso país há muitos anos – explicou.

O ministro ainda afirmou que o governo estuda o impacto da variante da Covid-19 que foi identificada em Manaus.

– Para descobrir o grau de contaminação, se é alto ou normal. Se causa gravidade maior. Se há impacto nas vacinas que estamos projetando ao país – afirmou.

Pazuello afirmou que não adianta “colocar uma redoma em Manaus”, pois a variante já circula no resto do país.

O governo federal disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que soube no dia 8 de janeiro da falta de oxigênio. No dia seguinte, segundo Pazuello, ele e sua equipe embarcaram para Manaus, e houve reforço na entrega de insumos.

Ao lado de Pazuello na entrevista, o governador Wilson Lima disse que conseguiu, nesta segunda-feira, equilibrar a distribuição de oxigênio. Ele afirmou também que há preocupação sobre nova pressão na rede de saúde em fevereiro, quando aumentam os casos de doenças respiratórias.

Pazuello afirmou que, mesmo com o exemplo de Manaus, o governo federal não deve realizar novas campanhas para incentivar o distanciamento social e outras medidas contra a Covid-19.

– O ministério já faz campanha sobre isso. E muito abrangentes – apontou.

‘TRATAMENTO PRECOCE’

Na entrevista à imprensa nesta segunda-feira, Pazuello disse que jamais elaborou protocolo ou estimulou o uso de qualquer medicamento. Segundo Pazuello, a defesa do governo federal é pelo “atendimento precoce”.

– A senhora nunca me viu receitar ou dizer, colocar para pessoas tomarem este ou aquele remédio. Não aceito a sua posição”, disse Pazuello, no Planalto, a uma jornalista que o questionava sobre remédios para a Covid-19.

Em seguida, o general afirmou que o governo seguirá entregando o medicamento, “quando solicitado” por estados.

– Nunca indiquei medicamentos a ninguém. Nunca autorizei o Ministério da Saúde a fazer protocolos indicando os medicamentos – destacou.

*Estadão

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