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Partido Novo decide apoiar impeachment de Bolsonaro

Legenda diz ter chegado à conclusão de que o presidente cometeu crimes de responsabilidade

Pleno.News - 05/07/2021 16h23 | atualizado em 05/07/2021 18h40

João Amoedo, candidato à Presidência da República pelo Partido Novo em 2018 Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil

O Novo decidiu formalizar o apoio da legenda à abertura de processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Em nota divulgada nesta segunda-feira (5), o partido diz que tomou a decisão “após detalhada análise técnica, consultas a juristas, discussões e ampla reflexão sobre os fatos apresentados e consolidados pela CPI da Pandemia”, bem como que chegou à conclusão de que Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade.

Segundo o posicionamento da sigla, a pandemia de Covid-19 “escancarou a incapacidade” de Bolsonaro de liderar a nação.

– Todos os países viveram momentos trágicos. Porém, no nosso país, a crise foi agravada pelo descaso, [por] omissão, incompetência e, possivelmente, corrupção do governo federal – afirma a legenda.

O partido diz apoiar “principalmente” o pedido de impeachment protocolado na semana passada pelo movimento Vem Pra Rua, feito antes de o “superpedido” ser apresentado na última quarta-feira (30), unindo-se a mais de 100 pedidos que já foram encaminhados à presidência da Câmara.

O Novo também afirma que tem se mantido distante das manifestações de rua contra Bolsonaro.

Além do combate ao vírus, a sigla alega que há “fortes indícios” de prevaricação no suposto esquema de corrupção na compra do imunizante Covaxin. Ao citar os depoimentos do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão Luis Ricardo, servidor do Ministério da Saúde, dados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o Novo defende a investigação dos contratos.

De acordo com o Novo, supostas interferências de Bolsonaro na Polícia Federal, no Ministério da Justiça e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) configuram crimes de responsabilidade.

– O presidente notoriamente atua contra instituições do Estado de Direito, participa com frequência de manifestações antidemocráticas, tenta a todo custo descredibilizar o processo eleitoral – até mesmo as eleições de 2018, quando foi eleito para o atual mandato presidencial – diz a sigla.

Para a legenda, as ações de Bolsonaro criam polêmicas com outros Poderes e prejudicam relações institucionais e comerciais com outros países.

Após ser um dos partidos mais fiéis ao presidente, no início do ano o Novo declarou que iria fazer oposição ao governo Bolsonaro, mas de forma independente na Câmara dos Deputados, sem se aliar ao bloco de oposição em si.

À época, o Novo informou que o governo federal abandonou pautas fundamentais, como “reformas essenciais para o cidadão e para o retorno ao crescimento sustentável do país”.

*AE

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