Leia também:
X Em dia de más notícias para o governo, Haddad se esconde

Parlamentares da oposição vão à ONU denunciar prisões do 8/1

Grupo denuncia abusos e violações de direitos humanos contra presos políticos

Leiliane Lopes - 21/07/2023 15h00 | atualizado em 21/07/2023 17h16

Magno Malta, Eduardo Girão, Carlos Portinho e Marcel van Hattem Fotos: Waldemir Barreto/Jefferson Rudy/Agência Senado | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Nesta sexta-feira (21), quatro parlamentares brasileiros estiveram em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em reunião com o representante permanente do Brasil na ONU, embaixador Sérgio França Danese, para denunciar as prisões dos manifestantes que estavam em Brasília no dia 8 de janeiro.

Os senadores Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ) estavam acompanhados do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e levaram um documento assinado por mais de 80 parlamentares para iniciar a denúncia na ONU, contra os ataques à Constituição Brasileira nos processos que envolvem os manifestantes que foram presos.

– Viemos trazer um documento que trata dos dias 8 e do 9 de janeiro (…). O que estamos fazendo é uma longa caminhada em defesa dos valores que nós acreditamos, e defendendo a nossa Constituição e os direitos humanos do nosso povo – explicou Magno Malta.

Van Hattem deixou claro que o embaixador os recebeu para dar ciência deste documento que, em breve, será traduzido para outros idiomas. Ele ainda adiantou que todos os processos possíveis serão feitos para que o mundo saiba o que tem acontecido no Brasil.

– Nós vamos buscar todos os caminhos possíveis para fazer o caminho de fora para dentro, porque o caminho de dentro para fora nós já estamos fazendo com a CMPI, o trabalho para instaurar a CPI do abuso de autoridade e nossos trabalhos nas comissões para desfazer essa grande injustiça coletiva – garantiu.

Os advogados e os familiares dos presos políticos do 8 de janeiro ajudaram os parlamentares a construir esse documento que expõe, por exemplo, que há pessoas presas sem acusações, que os advogados não tiveram acesso ao processo, entre outros problemas jurídicos.

– Este é um momento ímpar, estamos vivendo um Congresso Nacional muitas vezes subserviente para os outros poderes da República (…). Nós viemos aqui, de forma serena, tranquila e firme, dar ciência ao embaixador do teor da denúncia, que são cerca de 50 páginas, e estamos cumprindo o nosso papel – comentou o senador Girão.

O senador Portinho também falou sobre a viagem, deixando claro que eles viajaram com seus próprios recursos e que o documento será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, que fica em Genebra, na Suíça.

– A denúncia trata da situação dos presos políticos, pessoas que estão presas até hoje, idosos, deficientes e jovens que estão presos por uma manifestação política; não estamos falando dos vândalos, mas de quem estava se manifestando pelo Brasil e que os advogados não têm nem acesso ao processo, ou à denúncia – afirmou o senador fluminense.

Após o encontro com o embaixador Danese, os parlamentares disseram que foram bem recebidos e puderam esclarecer o que tem acontecido no Brasil, em relação aos manifestantes presos. O próximo passo é apresentar a denúncia em Genebra e ainda procurar a Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, que pode mediar o caso ou encaminhá-lo à Corte Americana de Direitos Humanos.

Assista:

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Magno Malta (@magnomalta)

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Marcel van Hattem (@marcelvanhattem)

Leia também1 Lula: “Quem tem que estar bem armada é a polícia brasileira”
2 Lula sonda nomes de 4 mulheres para o STF; saiba quem são elas
3 Após Yury, Valdemar arruma novo problema com Holiday
4 Anthony Garotinho é internado no Rio de Janeiro
5 Ladrão morre baleado enquanto fugia por tubo de esgoto

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Grupo
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.