Para Temer, Moraes não é radical e fez gestos para pacificar o país
Ex-presidente disse que "Brasil deve muito" ao ministro do STF
Thamirys Andrade - 15/05/2025 13h28 | atualizado em 15/05/2025 14h02

Responsável por indicar o ministro Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Michel Temer (MDB) negou que o magistrado seja “radical” e defendeu que ele tem feito “gestos” em relação aos presos do 8 de janeiro com o objetivo de “pacificar o país”.
– Ele já liberou muita gente. Fez uma coisa adequada no momento que deveria fazer, não é? Para garantir as eleições, e está fazendo agora com vistas à pacificação do país. Aquelas penas de 14, 15, 17 anos devem ser reduzidas. Isso está começando a acontecer. E há instrumentos jurídicos para isso – disse o emedebista à Folha de S.Paulo.
O ex-chefe do Executivo disse ainda que o “Brasil deve muito” à figura de Moraes, pois ele teve “coragem jurídica” e “pessoal” para “garantir” as eleições de 2022.
– Tanto não é radical, e eu vou dar exemplos concretos, que, ao longo do tempo, você percebe que ele começou a liberar pessoas. Você viu que o Fernando Collor foi para a domiciliar, Roberto Jefferson também. O Brasil deve muito a ele, porque não há dúvida de que ele teve uma coragem jurídica e até pessoal lá no TSE para garantir as eleições – adicionou Temer.
Moraes foi alçado a ministro do STF em 2017, após a morte de Teori Zavascki, em um acidente aéreo em Paraty (RJ). Ele tem sido amplamente criticado pela direita brasileira, que enxerga censura em diversas de suas decisões, penas exacerbadas e até perseguição política.
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