Para relator, há 4 motivos para a cassação de Flordelis
Conselho de Ética da Câmara vota nesta terça-feira
Monique Mello - 08/06/2021 14h58 | atualizado em 08/06/2021 15h13
Nesta terça-feira (8), o Conselho de Ética da Câmara poderá dar um desfecho ao caso da deputada federal Flordelis (PSD). Começou a ser julgado, no início desta tarde, o processo de quebra de decoro parlamentar que pode levar à cassação do mandato da deputada.
No último dia 1º, o relator Alexandre Leite (DEM) recomendou a perda do mandato da parlamentar. Mas um pedido coletivo de vista adiou a votação do relatório.
Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). As acusações incluem homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. A deputada nega veementemente.
Alexandre Leite afirma que as provas coletadas demonstram que a deputada “tem um modo de vida inclinado à prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo”.
O relator assegura haver quatro motivos para a cassação da deputada:
– Mentir sobre a compra da arma do crime;
– Não comprovar sua alegação de defesa;
– Tentativa de aliciar uma testemunha;
– Culpar os filhos pelo crime, abusando de prerrogativas de seu mandato.
De acordo com texto no parecer, provas obtidas nas quebras de sigilo telefônico e telemático e nos depoimentos dados ao Conselho demonstram que Flordelis teve participação ativa no assassinato de Anderson do Carmo.
Caso a cassação da parlamentar seja aprovada por maioria no Conselho, o caso segue para o plenário da Câmara dos Deputados. A defesa da parlamentar alega que as provas são frágeis e ressalta que ela não foi condenada pela Justiça.
A sessão está sendo transmitida ao vivo:
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