Para Moro, não há ‘orientação’ em mensagens vazadas
Ministro afirmou ainda que não pode dizer que conversas são autênticas
Henrique Gimenes - 10/06/2019 15h14 | atualizado em 10/06/2019 16h21
Nesta segunda-feira (10), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que as mensagens vazadas pelo site The Intercept não mostram “nenhuma orientação” sua em relação ao processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-juiz da operação Lava Jato explicou ainda que não tem como dizer se as conversas são autênticas.
Os diálogos entre Moro e procuradores, incluindo Deltan Dallagnol, foram divulgadas neste domingo (9) após terem sido hackeadas.
– Não tem nenhuma orientação ali naquelas mensagens. Nem posso dizer que são autênticas porque, veja, são coisas que aconteceram, se aconteceram, há anos atrás. Eu não tenho mais essas mensagens, eu não guardo essas, não tenho registro disso. Agora, ali não tem orientação nenhuma – apontou.
Para o ministro, o mais grave no episódio foi a invasão e a divulgação das mensagens, já que “juízes conversam com procuradores, juízes conversam com advogados, juízes conversam com policiais, isso é algo normal”.
– Na verdade, já me manifestei ontem, não vi nada de mais ali nas mensagens. O que há ali é uma invasão criminosa de celulares de procuradores. Pra mim, esse é um fato bastante grave, ter havido essa invasão e divulgação, e, quanto ao conteúdo, no que diz respeito à minha pessoa, não vi nada de mais – ressaltou.
Moro também disse que há “muito sensacionalismo em cima dessas supostas mensagens”.
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