Para Feliciano, STF derrubará a decisão de Nunes Marques
Deputado disse que a Corte "se transformou no maior partido de oposição ao governo"
Pleno.News - 05/04/2021 16h02 | atualizado em 05/04/2021 19h32

Na próxima quarta-feira (7), o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) irá se reunir para decidir sobre a liberação de celebrações religiosas presenciais durante a pandemia. A medida ocorre após decisão do ministro Nunes Marques, que liberou as cerimônias. No entanto, para o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP), a tendência é que os ministros derrubem a decisão e voltem a proibir cultos e missas.
Em entrevista ao site o Antagonista, o deputado falou sobre o episódio e disse que Corte se tornou o “maior partido de oposição ao governo”.
– Se o STF seguir a Constituição, manterá a decisão do ministro Nunes Marques. Contudo, como o STF se transformou no maior partido de oposição ao governo e como eles [os ministros do STF] acham que os evangélicos apoiam Bolsonaro, entendo que seremos prejudicados e teremos mais uma vez nosso direito fundamental de liberdade religiosa mutilado – ressaltou o parlamentar.
Feliciano disse considerar que os decretos de governadores proibindo missas e cultos são um instrumento “de perseguição religiosa”.
– A menos que alguém me explique o porquê é autorizado transporte público abarrotado e é proibido um culto com amplo distanciamento entre os fiéis. Entendo que os decretos dos governadores são instrumentos de perseguição religiosa – destacou Feliciano.
A ação que será analisada não é a relatada por Nunes Marques, mas sim uma relatada pelo ministro Gilmar Mendes sobre o mesmo tema. Nesta segunda-feira (5), Gilmar votou por proibir cultos e missas presenciais em São Paulo e enviou o caso para o plenário.
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