Pará: Deputado do PL critica alta taxa tributária e endividamento
Estado é governado por Helder Barbalho, aliado de Lula
Paulo Moura - 05/04/2025 14h38 | atualizado em 06/04/2025 17h44

A alta carga tributária do Pará coloca o estado no oitavo lugar no ranking nacional de tributos recolhidos, de acordo com dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). No total, o governo estadual arrecadou R$ 29,7 bilhões em impostos em 2023 – um salto expressivo em relação a 2018, quando a receita foi de R$ 9,1 bilhões.
O crescimento absoluto, no entanto, não se refletiu em melhorias estruturais para a população, como aponta o deputado estadual Rogério Barra (PL-PA). O político ressalta que a atual política fiscal do governo Helder Barbalho (MDB), aliado do presidente Lula (PT), não condiz com a realidade enfrentada pela população paraense.
– O governo do Pará é um leão para arrecadar, tirando o coro do paraense com os impostos. Não justifica fazer empréstimos porque arrecadou muito mais do que vários estados – dispara o parlamentar.
Os números reforçam a crítica: desde 1998, a arrecadação dos estados brasileiros cresceu, em média, 2,7 vezes. No Pará, esse crescimento foi de 6,5 vezes, ficando atrás apenas de Roraima.
– Ou seja, a população paga mais e o governo não entrega serviços públicos de qualidade. O Pará segue com problemas crônicos na área da saúde, educação, transporte público. Belém está uma buraqueira só – critica Rogério Barra.
O detalhe é que, embora com a carga tributária elevada, o Pará segue contraindo empréstimos, o que revela um contrassenso. Se arrecada mais, por que ainda precisa de empréstimos para investimento? Desde o início da gestão Helder Barbalho, foram contraídos R$ 21 bilhões junto a bancos e instituições financeiras.
– É algo assustador o que está acontecendo no estado do Pará. O governo é tão cara de pau que não detalha a destinação dos empréstimos. Só fala que é para saúde, educação, saneamento de uma maneira geral. Ou seja, não tem detalhamento nenhum – critica Rogério Barra.
O deputado ainda faz um alerta para o impacto das dívidas nas futuras gerações.
– Não tem almoço de graça. A gente sabe quem vai pagar: serão os nossos filhos e netos. O Helder Barbalho está penhorando a alma das nossas próximas gerações para pagar essas trapalhadas do governo estadual – completa.
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