Para defesa, não há “motivo concreto” para prisão de Ribeiro
Advogados do ex-ministro pretendem entrar com pedido de habeas corpus
Henrique Gimenes - 22/06/2022 14h32

Após a prisão preventiva do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, a defesa dele se manifestou. Para o advogado Daniel Bialski, um dos que representa Ribeiro, não há um “motivo concreto” para a prisão do ex-ministro.
Milton Ribeiro foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (22) em Santos (SP). A medida é o resultado de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça no âmbito da operação Acesso Pago. A operação investiga uma prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
Ao portal Uol, Bialski disse que deve pedir um habeas corpus para o ex-ministro.
– Não vislumbro a razão da prisão preventiva editada, injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária. Já pedimos acesso aos autos para poder, ainda hoje, entrar com Habeas Corpus visando o reconhecimento da coação ilegal imposta, especialmente porque os fatos são pretéritos e sem contemporaneidade, não se poderia decretar a medida excepcional
O mandado de prisão preventiva expedido contra Milton Ribeiro, assinado pelo juiz federal Renato Borelli, cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
Além do mandado contra o ministro, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão, distribuídos pelos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Também, há medidas cautelares, como a proibição de contatos entre investigados e envolvidos.
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