Para Damares, aborto em casos de zika é preconceito
Ministra afirmou que liberação configura descriminação a pessoas com deficiência
Camille Dornelles - 27/04/2019 13h35
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, iniciou uma campanha através de suas redes sociais contra a legalização do aborto. A bandeira é levantada por Damares desde o início de seu trabalho na pasta.
Agora, ela direcionou seu pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque a Corte deve analisar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que pede a liberação do aborto nos casos em que a grávida esteja infectada com o zika vírus.
– Se o aborto é o problema, aborto não pode ser a solução. Além de violar o direito fundamental à vida, essa solicitação demonstra enorme preconceito para com as Pessoas com Deficiência – declarou a ministra.
Para ela, a permissão seria como “negar à pessoa com deficiência o direito à vida”.
– Precisamos de uma sociedade inclusiva e não excludente. Inclusiva também para 45 milhões de brasileiros com deficiência e que seu direito à vida não pode ser violado por serem quem são! Apenas 1% das crianças nascidas de grávidas afetadas tiveram microcefalia – afirmou.
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