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Para Bolsonaro, sanções contra a Rússia não ‘devem prosperar’

Presidente afirmou que cada país tem seus próprios interesses

Henrique Gimenes - 28/02/2022 21h45 | atualizado em 01/03/2022 09h50

Bolsonaro sério irritado
Presidente Jair Bolsonaro Foto: Flickr/Palácio do Planalto

Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre as sanções econômicas impostas sobre a Rússia após a invasão a Ucrânia na última quinta-feira (24). Para Bolsonaro, no entanto, essas sanções dificilmente irão prosperar.

– Acredito que essas sanções econômicas dificilmente prosperem, tendo em vista os próprios interesses dos países. E, se tiver sanções econômicas, o nosso agronegócio será seriamente afetado – apontou.

O ataque da Rússia à Ucrânia ocorreu na madrugada do dia 24 de fevereiro. O anúncio da “operação militar no leste da Ucrânia” foi feito pelo presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso transmitido na televisão. De acordo com ele, o objetivo era “proteger as pessoas que são submetidas a abusos, genocídio de Kiev durante oito anos, e, para isso, buscaremos desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar à Justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra pessoas pacíficas, incluindo cidadãos russos”.

Ao comentar a situação, o presidente mostrou preocupação com a situação do Brasil, caso essas sanções à Rússia sejam mantidas.

– Nenhum país quer que as sanções os atinjam, o Brasil não é diferente. Estamos trabalhando como nosso embaixador Ronaldo Costa, de modo que o Brasil não seja prejudicado nessa questão, porque se prejudicar o nosso agronegócio, como fica nossa segurança alimentar? Sem fertilizante no Brasil você de imediato perde a produtividade. E a inflação de alimentos? – questionou.

Ao ser questionado sobre um diálogo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, Bolsonaro disse não ter “o que conversar com ele”.

– Eu lamento aqui, se depender de mim não teremos guerra no mundo – ressaltou.

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