Papa diz que aborto é homicídio: “Não é lícito ser cúmplice”
Pontífice incentivou médicos italianos a não realizarem o procedimento
Thamirys Andrade - 14/10/2021 12h52 | atualizado em 14/10/2021 12h59
Em discurso a farmacêuticos de hospitais italianos nesta quinta-feira (14), o papa Francisco reforçou que o aborto voluntário é “homicídio”. O líder religioso incentivou os profissionais a se recusarem a fazer o procedimento.
– Sobre o aborto, sou muito claro: trata-se de um homicídio, e não é lícito tornar-se cúmplice [disso]. Nosso dever é estarmos próximos das mulheres para que não se chegue a pensar na solução abortiva, que, na realidade, não é uma solução – frisou.
Na Itália, o aborto é permitido desde a década de 1970, mas os profissionais da saúde podem optar por não participar de procedimentos do tipo alegando “objeção de consciência”.
– Hoje está um pouco na moda pensar que seria uma boa ideia remover a objeção de consciência, mas essa é a intimidade ética de cada profissional da saúde e jamais pode ser negociada – completou o papa.
Segundo o pontífice, recusar-se a fazer o procedimento é ser fiel à profissão de salvar vidas.
– Vocês sempre estão a serviço da vida humana, e isso pode comportar, em certos casos, a objeção de consciência, que não é infidelidade, mas sim fidelidade à sua profissão. E também é uma denúncia das injustiças contra vidas inocentes e indefesas – destacou.
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