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Pai de ministro do governo Lula é réu por assassinato de agiota

José Juscelino dos Santos Rezende, pai de Juscelino Filho, é acusado de ser mandante de homicídio que aconteceu há 20 anos

Paulo Moura - 01/03/2023 09h40 | atualizado em 01/03/2023 11h03

Ministro Juscelino Filho, da pasta das Comunicações Foto: MCom/Isac Nóbrega

Pai e padrinho político do ministro Juscelino Filho, atual chefe da pasta federal das Comunicações, José Juscelino dos Santos Rezende é réu na Justiça do Maranhão acusado de encomendar a morte de um agiota na cidade de Vitorino Freire, no interior maranhense, município que é reduto eleitoral da família do ministro.

De acordo com o Ministério Público, Rezende teria feito o pagamento de R$ 18 mil para que um “temido pistoleiro” matasse o agiota José Soares Rodrigues, conhecido como Zezico Galego, no dia 18 de julho de 2003. O pai de Juscelino Filho já foi prefeito de Vitorino Freire por dois mandatos, entre os anos de 1997 e 2004.

Segundo o MP, a vítima seria “um grande agiota da região” onde o pai do ministro exerce influência e fazia parte do “círculo de amizade” de Rezende. Além disso, Zezico Galego teria emprestado “vultosa quantia” em dinheiro para o então prefeito fazer campanha eleitoral.

O Ministério Público destacou que Rezende teria negociado os detalhes do crime, por meses, com um comerciante local. O pistoleiro Ruberval Gomes da Silva, que seria o autor do tiro fatal no pescoço da vítima, teria sido contratado pelo ex-prefeito.

Em seu depoimento à polícia, na presença de dois promotores, Ruberval confessou a autoria do crime e indicou a participação de Rezende na elaboração do assassinato. O pistoleiro foi condenado a 15 anos de prisão pela morte da vítima. Já Rezende foi acusado de homicídio qualificado por motivo torpe e pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A denúncia contra o pai do atual ministro do governo Lula foi oferecida em março de 2007 e aceita pela Justiça no mês seguinte. O caso, no entanto, só foi enviado a júri popular em março de 2013. No entanto, o ex-prefeito ainda não foi julgado em razão da tentativa do MP de transferir o julgamento para São Luís, capital do Maranhão.

De acordo com o Ministério Público, o júri popular sofreria influência política de Rezende caso acontecesse na cidade de Vitorino Freire. A filha do ex-prefeito, Luanna Rezende, é a prefeita do município desde 2016. O MP aponta também que o pai de Juscelino Filho nomeou diversos servidores que constam na lista geral de jurados da cidade.

À coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles, o advogado de José Juscelino, Márcio Augusto Vasconcelos Coutinho, disse que, pessoalmente, gostaria que o julgamento “ocorresse logo” e em outra cidade, mas que Rezende faz questão de ser julgado pela população de Vitorino Freire.

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