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Pacheco diz respeitar “toda e qualquer crítica” de Bolsonaro

Presidente do Senado foi criticado após rejeitar impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF

Henrique Gimenes - 26/08/2021 16h07 | atualizado em 26/08/2021 17h11

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Reprodução

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), rebateu as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, após ele rejeitar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta quinta-feira (26), durante um evento promovido pela XP Investimentos, Pacheco disse respeitar as críticas do presidente da República e garantiu que não irá fazer um “cavalo de batalha”.

O impeachment foi enviado por Bolsonaro ao Senado na sexta-feira (20). No documento, o presidente disse que Moraes cometeu “atentados à liberdade de expressão”, bem como que ele “censura jornalistas e comete abusos contra o presidente da República”. Além disso, afirmou que o ministro do STF promoveu uma ruptura do estado democrático de direito com suas ações e que não se pode “tolerar medidas e decisões excepcionais”.

Ao rejeitar o pedido, Pacheco disse não ter visto justa causa para o impeachment e defendeu a harmonia entre os poderes. Bolsonaro, então, disse lamentar a decisão e apontou que o presidente do Senado agora age diferente de como agiu no passado.

– Os Poderes são independentes. Eu entrei com a ação para que o processo fosse avante. Nem vou dizer cassar, ou não, o ministro Alexandre de Moraes. O Pacheco entendeu e acolheu uma decisão da sua advocacia, advocacia do Senado. Mas, quando chegou uma ordem do ministro [Luís Roberto] Barroso para abrir a CPI da Covid, ele [Pacheco] mandou abrir – lembrou.

O senador, então, disse considerar as críticas do presidente uma coisa natural e afirmou que respeita “posições divergentes”.

– Eu respeito toda e qualquer crítica do presidente Jair Bolsonaro em relação a essa decisão. É natural que tenha, porque foi uma decisão que rejeitou o pedido do presidente, e não farei disso também um cavalo de batalha, porque é importante respeitar as posições divergentes – ressaltou.

Rodrigo Pacheco enfatizou ser necessário respeitar “as decisões quando nos desagradam”.

– É preciso respeitar as decisões quando nos desagradam. Eu tenho muita tranquilidade de manter a boa relação com as instituições, inclusive com o presidente Jair Bolsonaro. Tenho absoluta convicção de que não é nada pessoal do Bolsonaro em relação a mim, e nem meu [em relação] a ele. É uma decisão que precisava ser tomada à luz de critérios jurídicos e políticos – destacou.

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